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Conversa Fascinante | 18 Maio
O Fascínio das Pastagens

O fascínio das pastagens resulta não só da diversidade da sua composição mas também da sua funcionalidade e da sua capacidade para manter ecossistemas estáveis. Através de alguns exemplos, mostramos como as plantas desempenham um importante papel nas pastagens.

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Sobre David Crespo
Nasceu em Coimbra a 24 de Fevereiro de 1932; 1958 - Engenheiro Agrónomo, especialidade de Industrias Agrícolas, pelo ISA (UTL); 1959 a 85- Investigador na Estação Nacional de Melhoramento de Plantas, Elvas, onde em 1965 ascende a Chefe do Departamento de Pastagens e Forragens; como Bolseiro do British Council, do Instituto de Alta Cultura, da Federação Nacional dos Produtores de Trigo, e da Agencia Americana para o Desenvolvimento Internacional, realizou estágios e visitas profissionais em varias instituições de investigação na Grã Bretanha, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos; como docente convidado ensinou nas Universidades de Lisboa, Évora e Açores e, a pedido do Ministério da Agricultura, organizou vários cursos de pastagens e forragens para técnicos e agricultores; foi consultor da FAO e do Banco Mundial em várias missões; Presidente do Programa Autónomo de Desenvolvimento Agro-pecuário (Ministério da Agricultura) (1974 a 1980); 1985- por concurso internacional entra para a FAO (Roma) onde, como especialista em pastagens mediterrâneas, temperadas e subtropicais, realiza acções para o desenvolvimento das pastagens e forragens em varias regiões e países do mundo, com particular incidência nos países do Norte de Africa e Africa ao sul do Sahara, Médio Oriente, Sul da Europa e Cordilheira dos Andes (Centro e Sul America); 1994- regressa a Portugal e inicia o desenvolvimento do sector de Melhoramento e Experimentação da empresa Fertiprado, da qual é Presidente.

Publicou cerca de 60 trabalhos de investigação e divulgação sobre o tema pastagens e forragens; foi membro de júris em provas de concurso para Investigador, de Doutoramento e de Professor Coordenador.

É socio nº 1 e honorário da Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens (1979) da qual foi seu primeiro Presidente; foi Presidente da European Grassland Federation (1984-1986) e Chairman do Continuing Commitee do International Grassland Congress (1988-1993); é sócio honorário da Sociedade Espanhola para o Estudo das Pastagens e sócio correspondente honorário da Academia de Agricultura de França.

Em 2006 foi distinguido com o grau de Comendador da Ordem de Mérito Agrícola.

Mais sobre esta conversa
As pastagens resultam da acção do pastoreio sobre a floresta ou a estepe, havendo uma relação muito estreita entre os recursos de pastoreio e os animais que os utilizam, a qual se pode traduzir pela frase: o animal faz a pastagem e a pastagem faz o animal. A nível mundial os pastos ocupam 45% da superfície terrestre, produzem 30% do valor agrícola, sendo responsáveis por 33% da proteína e 17% da energia que o homem consome, e empregam 1,3 biliões de pessoas. Em Portugal ocupam actualmente quase 50% da superfície produtiva.
O fascínio das pastagens resulta não só da diversidade da sua composição (arvores, arbustos e ervas de um enorme numero de géneros, espécies e ecótipos), da beleza das paisagens a que dão lugar, mas também da sua multifuncionalidade enquanto produtoras de carne e leite para nos alimentarmos, de fibra para nos aconchegarmos, mas também da sua capacidade para manter ecossistemas estáveis, regenerar a fertilidade dos solos, melhorar o ciclo e a qualidade das aguas, e contribuindo para reduzir os gases de efeito estufa através do sequestro de carbono atmosférico no solo. Alem dos animais domésticos que ali pastam, albergam toda uma multitude de seres vivos, desde mamíferos e aves selvagens, a insectos, moluscos, vermes, fungos, bactérias, etc., muitos deles trabalhando em simbiose para as tornar mais produtivas e amigas do ambiente. Das plantas salientam-se o papel das leguminosas no aumento sustentável da produção e qualidade do pasto, e dos micróbios salientam-se o papel dos Rizobios e das Micorrizas, respectivamente na nutrição azotada e fosfatada dos pastos.
Ilustram-se alguns exemplos, dando particular enfase às pastagens do ecossistema mediterrâneo montado, um dos mais ricos “hotspot” de biodiversidade da Terra.

 

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Conversa Fascinante | 19 Maio
Plantas, mitos, fabulações e realidades

Desde os primórdios dos tempos que o Homem utiliza as plantas em seu proveito e, com essa prática, aprendeu muito com a Natureza. Através de histórias e mitos, desvendamos a realidade de algumas utilizações tradicionais das plantas através dos séculos.

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Sobre Jorge Paiva
Jorge Américo Rodrigues de Paiva nasceu em 1933 em Cambondo (Angola). A enorme biodiversidade da sua terra natal terá sido um elemento determinante na sua paixão pela Natureza, algo que tem guiado tanto a sua actividade de investigação científica como a de comunicador de ciência. Recebeu já diversas distinções pelo seu trabalho académico e pelo seu empenho como defensor do Meio Ambiente. A sua paixão pela Natureza será talvez só igualável à paixão com que comunica com o público e em particular com os jovens, tendo já dado mais de 1700 palestras sobre educação ambiental. Em 2014, a Ciência Viva homenagou o empenho de Jorge Paiva na divulgação de ciência em Portugal atribuindo-lhe o Grande Prémio Ciência Viva. [In Ciencia Viva.pt]

Mais sobre esta conversa

Nesta conversa fascinante, ouviremos mitos e realidades sobre plantas medicinais e comestíveis usadas pelos povos do mundo ao longo dos tempos. São histórias sobre como os seres humanos aprenderam com os animais a usar as plantas, sobre práticas de medicina tradicional em África, Asia e outras paragens, e também sobre as plantas dos livros clássicos ou sagrados.

Com imagens ilustrativas, ficaremos a conhecer plantas que nos alimentam ou cujos extractos ajudam a curar doenças, assim como plantas tóxicas que causam alucinações, envenenamentos ou mesmo a morte e que são usadas por curandeiros, nem sempre pelas melhores razões. E não serão esquecidas as plantas que, pela sua beleza ou aromas, são usadas com fins ornamentais e para o lazer.

Dada à enorme relevância das plantas na vida humana, existem muitos mitos associados a usos tradicionais, crenças religiosas ou mesmo fábulas. Jorge Paiva, biólogo, ambientalista e um excelente comunicador, encantar-nos-á certamente com algumas destas histórias.
 

BHL - Datura stramonium - Kohler Medizinal-Pflanzen v1 pl 23 - 1887.jpg

Erva-das-bruxas
Datura stramonium L.

 

BHL - Strychnos nux-vomica - Kohler Medizinal-Pflanzen v2 pl 107 - 1888-90.jpg

Noz vómica
Strychnos nux-vomica L.

 

Köhler's Medizinal-Pflanzen [1883-1914] — Biodiversity Heritage Library

 

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Conversa Fascinante | 22 Maio
Folha a folha, se chega à rolha

Num paralelismo com o popular "grão a grão enche a galinha o papo", chama-se a atenção para outro paralelismo entre a "folha" vegetal e os "pulmões" dos animais, não só como essenciais à vida, mas também como elementos da linguagem das plantas, ao longo do seu ciclo vital, em que as pequenas coisas nos podem conduzir às maiores elevações do espírito humano a exigir uma celebração poética.

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Sobre Silas Pego

Filho de um pequeno agricultor minhoto, aos 11 anos rumou ao Porto para o Liceu D. Manuel II e depois para o ISA em Lisboa onde se formou Engº Agrónomo. Fez a Guerra Colonial (1967-1971) em Angola e S. Tomé como imediato do navio Escorpião sob o comando de António Homem de Gouveia. De regresso, permaneceu no Estado-Maior da Armada por mais um ano, tendo depois iniciado a sua actividade profissional em Braga no Núcleo de melhoramento de milho (NUMI). Fez estágios na ENMP com Joaquim Semedo, na EAN com Miguel Mota, na Dekalb italiana com Luis Costa Rodrigues e no INIA espanhol com Alfonso Monteagudo. Em 1974, juntamente com Luis Freire de Andrade, iniciou um programa de recolha de sementes de milhos regionais, tendo atraído a atenção da FAO, através de Erna Benett, que o enviou para um curto estágio no Banco de Germoplasma italiano em Bari e de cujo relatório resultaria o financiamento pela FAO/IBPGR do que viria a ser o Banco Português de Germoplasma Vegetal (BPGV) de que foi o seu primeiro director.

Em 1978 parte com a família para um programa de doutoramento na Iowa State University, regressando em 1982 para a ENMP em Elvas e em 1984 desloca-se para o Vale do Sousa iniciando o 1ºprojecto, a nível nacional e europeu, de “participatory breeding” lado a lado com o agricultor nacional mais galardoado - Francisco Meireles. Aí permaneceu, agora já ligado ao INIA/EAN, durante os últimos 25 anos até à sua aposentação em 2009.

Foi consultor da FAO em, África (Moçambique) e Ásia (R.P. Laos), tendo percorrido em acções profissionais, mais de 30 países.

Presentemente é presidente (voluntário) do Conselho Directivo da Fundação Bomfim, uma IPSS/ONGD com sede em Braga e com protocolos com as câmaras municipais de Braga, Guimarães e Lisboa e onde, além da área social, cobre também a área artística (Conservatório Bomfim – 400 alunos) e a do desenvolvimento com o seu projecto CESTA que durante 5 anos actuou no planalto central de Angola e se prepara agora para nova investida num dos PALOP. A sua envolvência directa atinge actualmente cerca de 12.000, entre colaboradores, utentes e voluntários.

Gosta de poesia, sendo autor de 80% da versalhada dos seus colegas, publicada no Livro de Curso (1962-67). Com os pequenos agricultores aprendeu um pouco a ler a “linguagem das plantas”, a ouvir as “mensagens da natureza” e por ambas se apaixonou. Definitivamente!

É pai de 4 filhos e avô de 11 netos, pertence à comunidade evangélica baptista e considera-se um MILHONÁRIO devido a um lamentável erro de gramática ao trocar o I pelo H, quando em novo sonhava vir a ser MILIONÁRIO… o que lhe fez uma grande diferença!

Mais sobre esta conversa

Num paralelismo com o popular "grão a grão enche a galinha o papo", chama-se a atenção para outro paralelismo entre a "folha" vegetal e os "pulmões" dos animais, não só como essenciais à vida, mas também como elementos da linguagem das plantas, ao longo do seu ciclo vital, em que as pequenas coisas nos podem conduzir às maiores elevações do espírito humano a exigir uma celebração poética.

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